Está definido o que todos ansiavam. Ainda não é o futuro campeão europeu, mas é quase isso. O 27.º dia do Campeonato da Europa, esta quarta-feira, ficou marcado pelo triunfo de Inglaterra, diante dos Países Baixos, por 2-1, a ditar o adversário de Espanha na final. A ‘receita’ foi a mesma: a das remontadas.
O dia 10 de julho de 2024 parece ser uma data normal, mas para os portugueses é bem especial, dado que permite assinalar o marco de oito anos desde a conquista do Euro’2016, diante da anfitriã França, por 1-0. História é história, foquemo-nos agora no presente.
A passagem da seleção espanhola à final do Euro’2024, fruto da reviravolta diante de França (igualmente por 2-1), obtida na passada terça-feira, contou com contornos que deram que falar durante esta quarta-feira, desde o ‘arraso’ a Didier Deschamps à resposta de Lamine Yamal a Adrien Rabiot e à reação de Morata após ter sido vítima de um ‘atropelamento’ de um segurança, como já tinha acontecido com Gonçalo Ramos.
Seguiu-se depois o ponto mais alto do dia. A segunda meia-final, entre Países Baixos e Inglaterra, cuja festa começou ainda nas imediações do Signal Iduna Park, ao ponto de até polícias filmarem a ‘loucura’ dos neerlandeses, sendo que os ingleses não ficaram nada atrás.
Quanto ao jogo, a primeira parte não poderia ter sido mais frenética, sobretudo avaliando os primeiros 20 minutos da partida. Praticamente a abrir o encontro no Signal Iduna Park, Xavi Simons rubricou um golaço, ao sétimo minuto da partida, deixando os neerlandeses numa festa ‘de loucos’, mas a verdade é que o empate acabaria por chegar pouco depois.
Em cima do primeiro quarto de hora, Harry Kane tentou um golaço e, após o remate, ficou com queixas devido a um toque de Dumfries, levando o VAR a intervir para alertar o árbitro Felix Zwayer, que acabaria por assinalar penálti. Com total frieza, Harry Kane não tremeu na hora rubricar o empate aos 18 minutos.
A emoção em Dortmund era tanta que, logo a seguir, Phil Foden viu um golo praticamente certo ser cortado em cima da linha de golo, por Dumfries, tratando-se de dois intervenientes que atirariam, cada um, uma bola aos ferros dentro da primeira meia hora. Antes do intervalo, Memphis Depay não deu para mais e uma lesão acabou por forçar uma substituição aos 35 minutos, com Ronald Koeman a colocar Veerman no seu lugar.
O impensável aconteceu depois. Gareth Southgate foi alvo de assobios por retirar as estrelas Phil Foden e Harry Kane do campo, antes de um eventual prolongamento, para colocar Cole Palmer e Ollie Watkins. A verdade é que, aos 90+1′, o primeiro assistiu o segundo para o tento da reviravolta, deixando os ingleses num verdadeiro estado de ‘loucura’ a festar o golo ‘fabricado’ no banco.
Desta forma, a Inglaterra volta à final do Campeonato da Europa, já depois de ter perdido o Euro’2020 (disputado em 2021 por força da pandemia da Covid-19) para a (ainda campeã) Itália, marcando encontro com Espanha na final, que acontecerá já este domingo, em Berlim. Uma coisa é certa: tanto uma seleção, como outra, precisaram de recorrer a mais do que uma reviravolta para chegar à final do Euro’2024.