OSporting já tem o 20.º campeonato nacional assegurado no palmarés, faltando apenas receber o troféu, na última jornada, em Alvalade. Mas ainda há três jogos por disputar até ao encerramento da época, que tem sido de boa memória para os sportinguistas.
E, sobretudo, há mais um troféu em disputa. O Sporting joga com o FC Porto na final da Taça de Portugal, no Jamor, no dia 26 de maio. Pode conquistar a sexta dobradinha da história, num jogo que também em que Amorim pode igualar Szabo como o treinador mais titulado do clube.
Face às ausências forçadas de Antonio Adán e Franco Israel – o uruguaio foi operado a uma “lesão meniscal do joelho direito” no passado fim de semana – Diogo Pinto, de 19 anos, deverá ser o guarda-redes que se segue.
O jovem, que chegou à formação leonina em 2017 vindo do Paços do Ferreira, tem trabalhado insistentemente na equipa principal, esta época, e é apontado como o mais provável guardião nesta reta final. O Desporto ao Minuto falou com alguém que o conhece bem, tal como as balizas de Alvalade. Nélson Pereira acredita que Diogo Pinto estará preparado.
“É tudo um processo. O Diogo Pinto está há algum tempo no clube, está perfeitamente identificado. Está na equipa principal há algum tempo e poderá ter uma oportunidade para mostrar o seu valor, que é tudo aquilo que um jogador quer. Nesta fase em que o Sporting já é campeão nacional há menos pressão, há todas as condições para o Diogo enfrentar o desafio com tranquilidade, estar numa equipa que lhe dá segurança”, começou por dizer.
Nélson Pereira já foi diretor-geral das equipas B e sub-23 do Sporting, bem como treinador de guarda-redes. Cruzou-se com Diogo Pinto em Alcochete e disse recentemente, ao Desporto ao Minuto, que “pouca gente acompanhou o processo de evolução dele, mas é extraordinário”. “Espero que o Diogo mostre toda a qualidade que tem porque, com a humildade e capacidade de trabalho que sempre apresentou, tem de ter um resultado positivo”, reforçou.
Clássico é um jogo muito mediático, mas que pode catapultar Diogo Pinto para outro patamarNélson, que jogou no Sporting entre 1997 e 2006, deu alguns conselhos ao jovem leonino, que ainda não se estreou oficialmente pela equipa principal. Especialmente, em relação à final da Taça de Portugal, contra o FC Porto.
“Até lá, há algum tempo. Tem dois jogos com o Estoril e com o Chaves para se estabilizar em termos de equipa. E, depois, os Clássicos são os melhores jogos para jogar. Sabemos que é um jogo muito mediático, mas que o pode catapultar para outro patamar. Tem de ser esse o pensamento. Estar desinibido, acreditar nas próprias capacidades, na equipa que tem à sua frente, e ser igual a ele próprio. É o melhor conselho que se pode dar ao Diogo Pinto”, afirmou.
Com António Adán em final de contrato, sem perspetiva de ser renovado, a direção leonina tem garantido apenas Franco Israel na próxima temporada, apesar do guardião uruguaio ainda não estar totalmente afirmado no onze titular. Nélson Pereira acredita que a direção liderada por Frederico Varandas saberá planear o próximo passo.
“Em relação ao mercado, é algo que tenho mais dificuldade em comentar. Oficialmente, o Sporting não ficou sem nenhum guarda-redes, tem dois que ficaram lesionados e tem o Diogo Pinto. Quanto à próxima época, isso os responsáveis irão analisar. Já tive esse papel, hoje não o tenho. Temos de aguardar um pouco para perceber o desenvolvimento destas situações pendentes. Estão a avaliar todos os prós e contras”, garantiu.
O planeamento para a próxima época vai começando a desenhar-se, para atacar o ‘prometido’ bicampeonato, lembrando as palavras de Rúben Amorim no Marquês de Pombal. Nélson Pereira sublinha o “ambiente extraordinário” que se vive no clube, depois de uma “festa maravilhosa”.
