Yann Karamoh estreou-se esta segunda-feira pela equipa principal do FC Porto, com uma entrada aos 83 minutos quando o encontro frente ao Moreirense ainda estava empatado a uma bola, antes do golo decisivo de Deniz Gul dar a vitória ao conjunto azul e branco.
No entanto, muitos adeptos questionam-se sobre o que este ‘reforço misterioso’ pode vir a dar ao emblema dos dragões, dado que foi contratado já ‘fora de horas’ por estar sem contrato.
Ora, nesta partida, apesar de ter ficado apenas sete minutos, mais 10 de compensação, já conseguiu demonstrar alguns traços gerais do que pode dar a nível positivo, mas também algumas partes menos boas para Farioli corrigir.
A prestação em Moreira de Cónegos
A sua entrada em campo para o lugar de Samu Aghehowa quando o FC Porto precisava de um golo para conquistar os três pontos em Moreira de Cónegos levantou várias sobrancelhas entre os adeptos portistas, já que o avançado espanhol é uma fonte de golos bastante provável.
E o extremo costa-marfinnense não ajudou à ao ‘julgamento’ inicial quando o seu primeiro toque na bola é dado… numa bola que nem sequer está em jogo, embora tenha sido em jeito de não parar o ritmo da partida, já que era a segunda bola em campo, que veio da bancada com adeptos afetos ao Moreirense.
No entanto, apesar da performance do jogador nascido em França ter tido estatísticas mais negativas, não podemos ignorar o que o camisola 75 do emblema da cidade Invicta fez sem bola no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
Nos poucos minutos que teve para se mostrar ao treinador Francesco Farioli, ao fazer exatamente o que o italiano lhe pediu, dadas as circunstâncias do jogo e as presenças na área, com jogadores altos fixados na área do Moreirense. Desta forma, Karamoh acabou por ser uma ‘réplica’ de Borja Sainz no que à largura e verticalidade diz respeito. O extremo tentava abrir o máximo encostado à linha possível, tendo dado linhas de passe bastante viáveis, mas a bola raramente ia para os seus pés, talvez por falta de sinergias em campo com os colegas de equipa.
Ainda assim, o seu jogo com bola acabou por não ser muito positivo, já que o único drible tentado não foi bem sucedido, e dos dois cruzamentos feitos, um saiu curto e outro, que foi com uma técnica satisfatória, não chegou ao destino após um corte da defesa do conjunto de Vasco Botelho da Costa.
A sua velocidade acaba por ser um ponto forte de Karamoh e, não sendo um jogador baixo, com o seu 1,84m pode ser uma boa presença física na área em caso de necessidade. As suas incursões pelo corredor central sem bola foram bem conseguidas, mas a falta de confiança por parte dos seus companheiros de plantel impediu que fossem bem sucedidas com passes ‘a rasgar’ a defesa do Moreirense.
A nível defensivo é onde também poderá ser importante para o FC Porto, nomeadamente na primeira linha de pressão sobre a defesa contrária, devido à sua capacidade de explosão e intensidade física, com agilidade para perseguir o portador da bola e ‘morder os calcanhares’ adversários.
