Jesse Marsch não esteve com ‘meias conversas’ após a eliminação do Canadá nos quartos de final da Gold Cup, após um empate a uma bola frente à Guatemala, com o desempate nas grandes penalidades a cair para o lado da equipa da América Central, numa partida disputada este domingo, sendo que o treinador da seleção norte-americana já havia sido crítico para os dragões antes deste jogo.
Estrategicamente olhámos para uma forma de usarmos todos os 26 lugares disponíveis e falámos com o staff sobre várias eventualidades que pudessem ficar disponíveis. Ele [Eustáquio] sentia que queria mesmo juntar-se à equipa. Ao analisar tudo, decidimos dar-lhe um dos lugares, mesmo que o FC Porto pudesse ir longe no Mundial de Clubes e que nunca pudessemos vê-lo. Depois, o FC Porto não teve a prestação que esperava, há algum pânico interno no clube, acho que o Eustáquio ainda queria juntar-se a nós. No entanto, ficou num aperto, porque agora estavam a voltar ainda mais cedo do que o suposto e no final o FC Porto recusou-se a libertá-lo. Eles disseram antes do torneio que o iriam deixar vir. “, afirmou dias antes do jogo frente à Guatemala.
“Sobre o Eustáquio, ele ficou desolado por não o terem deixado vir. No final de contas, eu sei que ele nos ajudaria neste jogo com a sua experiência e a forma como percebe como controlar o jogo, mas também acho que foi muito importante para os jogadores mais jovens e para o desenvolvimento do plantel”, começou por dizer o selecionador canadiano na conferência de imprensa pós-jogo.
“Sendo sincero, não temos metade do nosso grupo. Não é uma desculpa. Sinto que é um grupo muito bom e que é importante desenvolver mais jogadores nesta equipa e ver até onde podíamos chegar. Não estava a falar de um troféu tanto quanto estava a falar de ir mais longe, jogo a jogo, dia após dia, e ter a certeza de que estávamos à altura do desafio. Caímos cedo e isso é doloroso”, analisou.
“Esta derrota é muito difícil de engolir. O jogo de terceiro e quarto lugar no ano passado, jogámos muito bem e foi difícil de engolir, em março frente ao México foi a mesma coisa… temos de aprender a melhorar e vencer nos momentos importantes. Gosto muito deste grupo e acredito muito neles. Temos de encontrar uma forma de estar ao nosso melhor nível nos momentos mais difíceis” concluiu.
Stephen Eustáquio acabou por fazer apenas 133 minutos ao longo dos três encontros da fase de grupos do Campeonato do Mundo de Clubes nos Estados Unidos da América, de onde o FC Porto não passou à fase a eliminar num grupo com Palmeiras, Inter Miami e Al Ahly, onde os jogadores comandados por Martín Anselmi não conseguiram vencer nenhum jogo, tendo empatado frente aos brasileiros e aos egípcios, contando ainda com um desaire frente aos norte-americanos, que se juntaram à equipa de Abel Ferreira na qualificação para os oitavos de final da competição.
