Numa das sete secções do recém-criado portal da transparência ‘azul e branco’, promessa eleitoral do presidente André Villas-Boas, os ‘dragões’ complementaram a informação prestada em 28 de agosto, quando tinham oficializado a chegada do médio ofensivo por uma época, sem cláusula de opção de compra.
Fábio Vieira, de 24 anos, voltou ao FC Porto depois de uma passagem intermitente pelo Arsenal nas últimas duas temporadas e poderá ter um custo máximo de 1,6 milhões de euros (ME), suscetível de “ser reduzido no caso de cumprimento de certas condições”.
O negócio gerou 290 mil euros à empresa de agenciamento de futebolistas Gestifute, numa janela de transferências de verão em que a SAD adquiriu seis jogadores para o plantel principal e seis para a equipa B, da II Liga, num total de 30,32 ME fixos em despesas de transferências, 1,29 ME em comissões de intermediação e 1,05 ME em comissões de gestão.
Além de Fábio Vieira, o FC Porto pagou um ME de intermediação à Eurodata – mais 26.000 euros em gestão – pela contratação do avançado Samu Omorodion ao Atlético de Madrid, que embolsou 15 ME imediatos por metade do passe.
O recém-campeão olímpico por Espanha em Paris2024 ficou protegido por uma cláusula de rescisão de 100 ME, a mais alta entre os reforços do conjunto orientado por Vítor Bruno, seguida do lateral esquerdo Francisco Moura (60 ME), adquirido ao Famalicão por cinco ME, e do ponta de lança sueco Deniz Gül (50 ME), oriundo do Hammarby por 4,5 ME fixos, acrescidos de 500.000 euros em variáveis.
De regresso ao FC Porto 11 anos depois como capitão da equipa B, o médio André Castro assinou a custo zero, após ter rescindido com o Moreirense, e ficou ‘blindado’ por 20 ME, tal como o extremo colombiano Bryan Caicedo (ex-Itagüí Leones, 500 mil euros).
Com cláusulas rescisórias de 30 ME ficaram o defesa esquerdo brasileiro Kaio Henrique (ex-Corinthians) e o médio angolano Domingos Andrade (ex-Felgueiras, 250.000 euros), ambos abaixo dos 40 ME do dianteiro espanhol Ángel Alarcón (ex-FC Barcelona).
Promovido em definitivo ao conjunto principal, ao serviço do qual foi titular nos últimos três encontros, num total de cinco partidas em 2024/25, Vasco Sousa está protegido por uma cláusula de 50 ME desde julho, quando renovou por mais duas épocas, até 2027.
Antes dessa operação, os ‘dragões’ pagaram 100 mil euros por mais 10% do passe do médio internacional sub-21 ao Vitória de Guimarães, que passou a deter apenas 40%.
Dos quatro jogadores recebidos por empréstimo, o FC Porto acautelou opções de compra por 90% dos direitos económicos dos defesas centrais Nehuén Pérez (ex-Udinese, 4,08 ME), que implicaria 13,2 ME, e Felipe Silva (ex-Gil Vicente), integrado na equipa B, enquanto Fábio Vieira e o também central Tiago Djaló (ex-Juventus) regressarão aos respetivos clubes de origem no final da temporada.
Uma dezena de atletas abandonou o clube no verão – seis deles a título definitivo – e originou 61,28 ME de ‘encaixe’, numa diferença favorável de 30,96 ME entre receitas e despesas com transações no primeiro de mercado sob administração de André Villas-Boas.
Quatro dessas movimentações não tiveram custos de intermediação, entre as quais a do avançado brasileiro Evanilson, que rumou aos ingleses do Bournemouth por 37 ME fixos, mais 10 ME em variáveis, podendo gerar 10% de mais-valias aos ‘dragões’ numa futura transferência.
Os 1,59 ME desembolsados em comissões tiveram principal contributo do extremo internacional português Francisco Conceição, filho do ex-treinador portista Sérgio Conceição, cujo empréstimo sem opção aos italianos da Juventus proporcionou à Gestifute 670.000 euros imediatos, mais 290 mil potenciais.