Vencedor das edições de 1982/83, 1987/88 e 1995/96, sempre pelo Sporting, clube que representou na maior parte da carreira, o antigo médio espera que o primeiro duelo oficial da temporada para ‘leões’ e ‘dragões’, agendado para as 20:15, no Estádio Municipal de Aveiro, seja “bem disputado”, de preferência “sem casos, nem confusões”.
“As equipas estão ainda à procura do melhor momento, pelo menos físico. As equipas têm-se apresentado a bom nível [na pré–época], com bons resultados, com muitos golos. Acredito que vá ser uma Supertaça cheia de emoção, com um vencedor imprevisível”, perspetiva, em declarações à agência Lusa.
Embora cada equipa tenha jogadores que “podem fazer a diferença nos detalhes”, através de “uma bola parada ou de uma jogada individual”, o antigo internacional português crê que a formação ‘verde e branca’, campeã nacional em título, pode aparecer com mais iniciativa atacante, por jogar num sistema tático 3x4x3 cimentado nas últimas quatro épocas, sob o comando do treinador Rúben Amorim.
“É uma equipa já habituada a este modelo de jogo, com jogadores quase todos eles que terminaram a época passada. Chegou o guarda-redes [Kovacevic] e o [defesa central] Debast para reforçarem setores necessários. O Gyökeres já recuperou a 100%. Esta equipa já se apresenta a muito bom nível”, aponta.
Vencedor da mais recente Taça de Portugal, precisamente frente aos ‘leões’, o FC Porto entra na temporada 2024/25 com o antigo adjunto Vítor Bruno como treinador principal e um novo sistema tático ‘ensaiado’ numa pré–temporada vitoriosa, um 4x2x3x1 que pode criar dificuldades aos ‘leões’, mesmo que já não haja “muitos segredos no futebol”, considera.
“Cada treinador tem a sua filosofia de jogo. O FC Porto atravessa um bom período com este modelo de jogo e tem conseguido bons resultados. Este é um FC Porto novo, com um treinador que não é novo, mas oficialmente passa a ser o principal. E também tem um presidente novo [André Villas-Boas], que quer fazer história”, realçou.
O ex–jogador, hoje com 62 anos, admite que, a exemplo de outros “clássicos ou dérbis”, a equipa que “cometer menos erros” estará mais perto de erguer o troféu.
Autor do terceiro golo na finalíssima que decidiu a Supertaça Cândido de Oliveira de 1995/96 (3–0 ao FC Porto), momento ocorrido em Paris que guarda com “muito carinho”, Carlos Xavier rejeita que a invencibilidade ‘leonina’ nas edições disputadas com os ‘dragões’, também em 2000/01, 2007/08 e 2008/09, possa influenciar o embate de sábado.
“Peso não terá muito, com certeza, porque depende sempre das equipas, do momento de cada uma. São sempre resultados imprevisíveis. Nunca há vencedores antecipados”, detalhou, a propósito do desafio entre ‘azuis e brancos’, recordistas de vitórias na prova, com 23, e ‘verdes e brancos’, vencedores em nove ocasiões.