O rendimento de Rafael Leão continua a ser tema de debate em Itália. O internacional português foi decisivo no último domingo, ao marcar os dois golos que valeram o triunfo do AC Milan diante da Fiorentina (2-1) e Alessandro Costacurta pede “consistência” ao camisola 10. Em entrevista à Gazzetta dello Sport, publicada esta terça-feira, a lenda do Milan defende que Rafael Leão deve ser sempre titular, mas admite que o treinador Massimiliano Allegri tenha de olhar para outras opções.
O primeiro golo contra a Fiorentina já mostrou uma melhoria: o Rafa raramente acertava na baliza quando rematava fora da grande área. Desta vez, ele conseguiu. É crucial acertar no alvo”, começou por dizer o antigo defesa central, prosseguindo.
“E o penálti também é algo novo. Positivo ou negativo, vai depender dele. Positivo porque pode ajudá-lo a marcar de 15 a 20 golos, dando-lhe a consciência de que jogar mais à frente pode libertar o seu potencial. É uma maneira de encarar esta função com uma nova mentalidade. Negativo porque eu não gostaria que ele cobrasse o penálti e ficasse satisfeito com ele. Isso não lhe deve tirar o compromisso”, apontou o antigo defesa italiano.
Costacurta também destacou outros jogadores, acreditando que o AC Milan conta com um plantel forte e capaz de atingir os objetivos.
“Para mim, alguém como o Leão nunca pode ficar fora do onze. Mas agora não há tempo: ou ele dá uma resposta ou outros jogadores entram para o seu lugar. Ao lado de Pulisic, eles podem ameaçar qualquer defesa. Um plantel tão forte garante competição interna: Nkunku é um bom jogador e Giménez é muito interessante”, vincou o ex-internacional italiano, antes de particularizar o caso do internacional mexicano.
“Ele lembra-me o Crespo no Parma. Apesar de o Santi ter um problema de golos, ele joga muito bem, esticando o jogo e desafiando os adversários. Sabe comunicar. Além dos craques já mencionados, o Santi foi um dos jogadores em destaque na equipa. E como Ancelotti disse uma vez sobre Hernán [Crespo]: se criarmos oportunidades, os golos acabarão por aparecer, mais cedo ou mais tarde”, rematou Alessandro Costacurta, que somou 662 jogos com a camisola do AC Milan.




