Alguém pediu um dérbi na final da Taça da Liga? O Benfica ‘vingou-se’ do Sporting de Braga, esta quarta-feira, com um triunfo convincente, por 3-0, em Leiria, a valer a passagem à final da Taça da Liga, onde irá defrontar o Sporting, já este sábado. O bis de Ángel Di María e o contributo de Álvaro Carreras foram suficientes para que tudo se resolvesse em… ’10 minutos à Benfica’.
Apenas quatro dias após a derrota na Luz (1-2), as águias apresentaram-se de ‘cara lavada’ e o domínio foi evidente desde o primeiro ao último minuto. Após uma bola de Tomás Araújo à trave e de um golo anulado a Bruma por fora de jogo, eis que Di María abriu a contagem, aos 27 minutos, na sequência de um pequeno ‘baile’ dentro da grande área.
Os adeptos do Benfica mal se tinham sentado de novo nos seus lugares e já Álvaro Carreras estava a dilatar a vantagem imediatamente a seguir (28′), até que surgiu o (sentenciador) bis de Di María, aos 37 minutos, na conclusão de um contra-ataque. Era caso para dizer que, numa noite fria, o argentino tinha ligado o ‘AC’ para ‘soprar a vingança’ frente aos arsenalistas.
Gestão foi a palavra de ordem no segundo tempo e, apesar da dupla investida de Andreas Schjelderup (com um falhanço e um lance de génio), não houve alterações no marcador, embora o recém-entrado Jonatás Noro ainda tenha visto um vermelho direto em apenas cinco minutos.. Segue-se um novo dérbi para o Benfica, frente ao Sporting, já este sábado, na final da Taça da Liga, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Ángel Di María voltou às noites de glória e coube-lhe a responsabilidade de abrir e fechar os tais ’10 minutos à Benfica’. O avançado argentino inaugurou o marcador (27′) com direito a ‘baile’ e assinou ainda o 3-0 com um toque de primeira (37′), já depois de ter estado três jogos sem ‘faturar’. Bastaram dois remates à baliza em 74 minutos para vincar um altíssimo nível de eficácia, que nem sempre é uma realidade.
Surpresa
Álvaro Carreras rubricou, provavelmente, uma das melhores exibições pelo Benfica, nos 80 minutos em que esteve em campo. O lateral-esquerdo, emprestado pelo Manchester United, já tinha tentado o golo num lance ‘inventado’ na grande área, mas acabou mesmo por festejar (28′), logo após o primeiro momento de ‘show’ de Di María, numa partida em que sorriu em grande parte dos duelos. Ruben Amorim estará atento.
Desilusão
Gabri Martínez já provou que é um talento ‘à solta’ no Sporting de Braga, mas a sua exibição na primeira parte dificilmente consegue ilustrar isso. Sem qualquer remate ou abordagem perigosa junto à baliza de Trubin, o avançado espanhol perdeu a bola por oito ocasiões e, além dos passes falhados, ainda perdeu bastantes duelos, motivando mesmo a substituição ao intervalo, por parte de Carlos Carvalhal.
Treinadores
Bruno Lage mostrou ter aprendido com os erros do passado e a forma aguerrida com que colocou a sua equipa a jogar desde o primeiro minuto, para além das três mexidas no onze inicial, foi prova disso mesmo. Ciente da urgência de regressar aos triunfos, o técnico de 48 anos foi para o intervalo algo tranquilo e, em ‘modo gestão’, foi refrescando a equipa dentro da última meia hora.
Carlos Carvalhal passou do ’80 ao 8′, por comparação ao jogo que a sua equipa havia conseguido fazer na Luz, quatro dias antes. Com apenas uma mexida, o treinador de 59 anos não foi capaz de travar as diversas investidas das águias e apontou o curto nível de faltas como uma justificação para o 3-0 que se verificava ao intervalo, sendo que as mudanças no segundo tempo pouco ou nada acrescentaram.
Árbitro
Cláudio Pereira protagonizou uma arbitragem segura e coerente, sem grandes casos polémicos, revelando ser cirúrgico no momento de puxar dos cartões do bolso. O lance em que Noro ‘derruba’ Carreras com uma abordagem imprudente foi alvo de análise do VAR e, após revisão das imagens, o vermelho direto pareceu ser a decisão mais acertada.
