O FC Porto assinou uma reta final de mercado de transferências de verão ‘frenética’, adquirindo Samu Omodorion, Francisco Moura, Deniz Gul, Nehuén Pérez, Fábio Vieira e Tiago Djaló no espaço de, sensivelmente, duas semanas.
Este foi, em grande parte, o resultado do trabalho levado a cabo por Andoni Zubizarreta, o homem escolhido por André Villas-Boas para assumir o cargo de diretor desportivo dos dragões, tendo sido uma das principais ‘armas’, nas eleições de abril. E, quem o conhece bem, não ficou surpreendido com este desfecho.
É o caso de Javier Clemente, antigo jogador e atual treinador que partilhou balneário com o compatriota, ao serviço do Athletic Bilbao, e que, em entrevista concedida à edição desta segunda-feira do jornal O Jogo, não lhe poupou nos elogios.
“Se jogou o tempo que jogou em equipas importantes, associando-se ao seu trajeto a seriedade, personalidade e os múltiplos conhecimentos, demonstrou todas as ferramentas para ser um grande diretor desportivo”, começou por afirmar.
“Começou esse caminho no Athletic, onde jogou, sendo natural de Gipuzkoa. Logo aí, foi um casamento natural com um clube que trabalha, essencialmente, as suas camadas jovens, vivendo, depois, a etapa Barcelona, que também dedica imenso esforço e reúne créditos do seu processo de formação”, prosseguiu.
“É alguém com ótima capacidade de análise e que sabe apreciar as caraterísticas dos jogadores (…). Nunca foi só entendido em futebol basco, nem um apologista do estilo do Barcelona. É alguém, sobretudo, atento ao futebol jovem, que rapidamente entende as virtudes que podem fazer a diferença”, completou.