Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após o jogo frente ao Vitória de Guimarães, da 29.ª jornada da I Liga.
“Estivemos seguros, mas, na primeira parte, a velocidade foi bastante lenta. Estávamos a controlar o jogo, com o Vitoria à procura do nosso erro e nós a ter alguns lances.
Na segunda parte, foi diferente. Com mais velocidade e com o cansaço do adversário, começámos a ter mais espaço e o golo ajudou, mas temos muito a melhorar e ter outra velocidade nos jogos, para ter um jogo mais atrativo. Quando aumentámos a velocidade, controlámos melhor. Fizemos um jogo muito seguro, mas também sabemos do momento dos jogadores.
Os jogadores sentem e nem se finge que isso não se passa. O exemplo que lhes dou é que toda a gente está à espera de ver o Sporting a cair, sem identidade, e a perder os jogos. Esta época vai acabar e temos de relembrar que são privilegiados e ninguém vai cair.
Quando aumentamos a velocidade, ganhamos jogos. Já perdemos a maior parte dos objetivos e vamos para casa com o sentimento de que fizemos tudo para ganhar e sem sofrer golos. É sempre difícil motivar os jogadores, mas temos muita coisa a ganhar.
Foi recordar a primeira época [ver o jogo de fora do banco de suplentes]. Alguns treinadores da Premier League ficavam na bancada e viam melhor. Fica-se mais ansioso por não se conseguir comunicar, mas é sempre mais difícil estar fora do campo. Vivi o jogo com mais ‘stress’, mas isso é normal.
Acontece em todo o sítio [a pressão sobre a arbitragem]. Já estive a lutar pelo título, e sem lutar por ele, mas é normal. Começa a aproximar-se o fim [do campeonato] e tudo conta. É uma coisa muito portuguesa, muito latina, e tenho tentado não falar dos árbitros”.