O presidente do Benfica, Rui Costa, recusou qualquer tipo de preocupações com o estado das finanças dos encarnados, depois da SAD ter apresentado um prejuízo superior a 30 milhões de euros no exercício 2023/24.
“Sem rodeios, em respeito pela nossa ambição e a nossa história, temos de reconhecer que a época ficou aquém do que pretendíamos no plano desportivo, onde tínhamos fundadas e legítimas aspirações de conquistar o 39!A vontade de ganhar, sempre, é o que nos move. Não nos contentamos com menos do que títulos e troféus: só eles nos preenchem e é por eles que trabalhamos apaixonada e empenhadamente, em paralelo com uma solidez económica que assegure as condições para o fazer. Acresce que soubemos criar, ao longo dos anos, a capacidade de investimento que nos permite materializar esse desígnio, seguindo uma linha que privilegia e potencia a vertente desportiva”, começou por garantir Rui Costa.
“Procurámos dinamizar os predicados de um plantel campeão, reforçámo-lo o melhor possível, num trabalho conjunto entre administração, equipa técnica e scouting e estimulámos a estreita ligação com a formação. Uma política que, estamos convictos, nos coloca numa trajetória mais próxima do sucesso no futuro. Pela positiva, há a destacar a conquistada Supertaça, o apuramento direto para a Liga dos Campeões – cuja receita assegurada foi fundamental para o planeamento e competitividade desta nova época -, e a confirmação da presença no Mundial de Clubes. Uma prova cuja singularidade global irá cimentar internacionalmente o nome Benfica, para além do acréscimo de receita que encerra”, prosseguiu o presidente dos encarnados.
“No âmbito dos rendimentos, um especial sublinhado para o aumento de 4,6% relativo à componente match day (corporate e redpass), o que reflete a paixão com que os benfiquistas acompanham a nossa equipa no Estádio da Luz. Também a nível comercial se verificou um incremento das receitas, o que comprova a enorme dinâmica da marca Benfica. Outra nota de relevo: parte do investimento realizado na competitividade do plantel foi feito com o propósito de antecipação ao mercado, permitindo a contratação de jogadores com elevada margem decrescimento a um preço comportável para a Benfica SAD. Com os investimentos realizados em janeiro e ao longo do exercício reforçámos a estratégia: uma equipa mais competitiva, com uma média de idades mais baixa e um valor de mercado e potencial mais elevados. Para além disso, o número total de jogadores no ativo da Benfica SAD manteve a tendência de redução iniciada há três anos”, esclareceu ainda Rui Costa.
“O equilíbrio económico do exercício poderia ter sido facilmente alcançável se as movimentações de mercado tivessem aançado mais cedo, ao invés de proteladas para depois do Campeonato da Europa. Caso contrário, teria sido natural um resultado positivo, em linha com o primeiro semestre, a reforçar a robustez da Benfica SAD, cujos capitais próprios continuam elevados e num patamar sem paralelo no futebol nacional. A sustentabilidade económica da Benfica SAD está, indubitavelmente, assegurada, não se indiciando qualquer risco quanto ao cumprimento dos critérios financeiros da UEFA. Uma referência final para uma decisão estratégica relativamente ao futebol feminino. A passagem para a esfera da Benfica SAD visa dar maior respaldo aos desafios cada vez mais exigentes nesta vertente do futebol. O Benfica tem assumido um papel central no desenvolvimento do desporto feminino em Portugal, onde se inclui, com nosso particular orgulho, o futebol. E assim continuará a ser. Por um Benfica forte e vencedor, em todos os planos”, finalizou o presidente do clube da Luz.