Jogador mais velho de sempre a marcar na Champions: Em primeiro lugar, hoje é um dia especial para mim, porque a minha mãe faz anos e tinha-lhe dito que ia fazer de tudo para poder marcar um golo. Se não conseguisse marcar, ia fazer de tudo para lhe dar uma vitória. É incrível o sentimento que sinto. Quem chega a esta idade, com o nível a que estou a jogar hoje, a representar um grande clube como o FC Porto, é muito trabalho, muito sacrifício, é uma paixão tremenda por este desporto, é abdicar de momentos com a família. Mas tento desfrutar ao máximo. As minhas filhas sabem que sou muito feliz a fazer isto. Quando vem uma adversidade, lembro-me sempre do primeiro dia da minha trajetória, quando era um menino que sonhava ser jogador de futebol, poder estar num estádio cheio e poder fazer o que mais amo, que é jogar futebol. Tenho de continuar com esta estrelinha que mexe dentro de mim, com esta paixão. Sei que já falta muito pouco para terminar, mas vou tentar dar sempre o meu melhor para honrar este desporto e esta instituição, que é o FC Porto.
Dia especial: Não sou muito de festejar. Tenho até medo de festejar, sinceramente, não gosto muito. Mas é um dia especial para mim. A minha mãe faz anos, estou há muitos anos longe dos meus pais. Fui muito bem recebido em Portugal, do primeiro dia até hoje. Tento sempre dar o meu melhor, tanto na seleção como no FC Porto e pelos clubes por onde passei. O que me deixa feliz é ser o que sou. Procuro defender o meu prato de comida a cada dia, a cada hora, a cada minuto, a cada segundo, com a maior honestidade. Muitas das vezes, falho, como todos os seres humanos, mas o mais importante é, quando faço as coisas, pensar sempre no amanhã. Sou o que sou, com os pés bem assentes na terra. Respeito os meus colegas e os meus adversários, mas, dentro de campo, tento sempre dar o meu melhor para conseguir uma vitória.