Zvonimir Boban enviou, esta quinta-feira, uma carta ao jornal francês L’Équipe na qual fez saber que apresentou a demissão do cargo de diretor de futebol da UEFA, cargo que ocupava desde 2021, em desacordo com Aleksander Ceferin.
O antigo internacional croata, que brilhou ao serviço do AC Milan, entre 1992 e 2001, esclareceu que, na base desta decisão, está o facto de estar contra a intenção do atual presidente do organismo que rege o futebol europeu de alterar os estatutos para poder concorrer, mais uma vez, à ‘cadeira’ que ocupa desde 2016.
“Apesar de ter expresso o meu total desacordo, o presidente da UEFA acredita que não há obstáculos legais às alterações que está a propor, nem problemas éticos ou morais, e pretende levar a sua abordagem até ao final”, pode ler-se.
“Ironicamente, foi ele que apresentou e encarnou as reformas, em 2017, para impedir esta possibilidade. Estas regras foram introduzidas, precisamente, para proteger a UEFA de má governança e do velho sistema”, prosseguiu.
“O facto de ele virar as costas a estes valores está fora de todo o entendimento. Ser cúmplice disto iria contra todos os princípios e valores que sempre defendi. Não quero ser um herói, especialmente, porque não sou o único que pensa assim”, completou.