Geny Catamo tem sido uma das grandes apostas de Rúben Amorim nesta temporada. O internacional moçambicano está na primeira temporada ao serviço da equipa principal dos leões, depois de algumas temporada entre empréstimos (Marítimo e Vitória SC) e na equipa B, está na boca do universo sportinguista depois de um grande golo marcado ao Arouca, na tarde de domingo.
Soma quatro assistências e quatro golos nesta temporada, em que tem jogado como ala direito. Os golos foram obtidos diante de Arouca, Casa Pia, Boavista e Olivais e Moscavide. À primeira vista, equipas de menor dimensão do que o Sporting.
Ainda assim, Catamo tem sido cada vez mais utilizado contra os grandes, ilustrando a confiança depositada nele por Rúben Amorim – foi titular contra Atalanta, Benfica, Sp. Braga ou FC Porto. Isto, depois de começar a época na condição de suplente utilizado, pois Ricardo Esgaio era o titular nessa altura. Desde que chegou da CAN, tem sido o titular preferencial.
Ricardo Esgaio, o crónico ‘patinho feio’ dos adeptos sportinguistas
O nome de Esgaio não é consensual há muito tempo pelos adeptos sportinguistas. Esta época, ficou ligado à derrota diante do Sp. Braga, na meia-final da Taça da Liga, justa ou injustamente. Por isso, é relevante avaliar o desempenho de um e outro atleta durante esta temporada.
São jogadores com perfis diferentes (Catamo é extremo de origem e esquerdino, costuma partir da ala para o meio), mas o moçambicano contribuiu diretamente para oito golos. Esgaio não marcou e fez apenas três assistências, sendo que até teve mais minutos de competição do que Catamo (2036, face a 1931).
Ao olhar para as estatísticas fornecidas pelo site especializado SofaScore, é de notar que, no campeonato, Catamo tem, por exemplo, mais golos esperados do que Esgaio (1.39 para 0.56), mas menos assistências esperadas (1.23 para 1.93). Catamo criou mais grandes chances de golo (5) do que Esgaio (2), e recuperou mais bolas (4, em média, por jogo, contra 2.5).
No entanto, Esgaio ganha no número de desarmes por jogo, (1.5 contra 0.8) e tem menos bolas perdidas que o moçambicano (soma 8.8, menos do que os 9.4 de Catamo). Por fim, o moçambicano tem uma avaliação média de 6.94 nos jogos disputados, enquanto que o nazareno conta com 6.83. Há, claro, detalhes que fogem à quantificação do futebol, mas fica mais evidente que o jovem lateral é mais útil no ataque do que Esgaio, embora o português arrisque bem menos.
Resta saber se Geny Catamo continuará a ser uma aposta de longo prazo para a ala direita sportinguista, ou uma opção de recurso. Com Esgaio a entrar na fase descendente da carreira e a recuperação gradual de Iván Fresneda após vários problemas físicos, Amorim vai confiando o corredor ao jovem natural de Maputo.